Elementar: fazer junto reúne mais de 70 obras do acervo, de artistas que vão da pintura à intervenção. Já o Projeto Parede traz obras do gravador, ilustrador, pintor e desenhista Maciej Babinski, polonês radicado no Brasil
O Museu de Arte Moderna de São Paulo abre nesta quinta-feira, 15 de junho, duas novas exposições. A Sala Milú Villela recebe a coletiva Elementar: Fazer Junto, que propõe reflexões acerca do que é essencial para se estabelecer uma relação com o outro. Já corredor que liga a recepção à sala Milú Vilela dá espaço para o Projeto Parede que reúne obras que foram doadas ao acervo permanente do Museu pelo artista polonês radicado no Brasil Maciej Babinski.
Elementar: fazer junto tem curadoria de Valquíria Prates, curadora convidada, Mirela Estelles, coordenadora do educativo do Museu, e Cauê Alves, curador-chefe do MAM, e traz ao público a intersecção entre os acervos artístico e educativo do museu. Com patrocínio da Unipar e da EMS, são apresentadas mais de 70 obras modernas e contemporâneas do acervo do MAM e experiências poéticas realizadas pelo educativo. A exposição convida o público a pensar nas barreiras a serem rompidas para se realizar coisas em comunhão, sejam elas sociais, culturais, políticas ou geográficas, dentre outras, em um exercício para se refletir questões como a alteridade e a liberdade.
A coletiva é composta por obras de Anna Bella Geiger, Artur Lescher, Caio Reisewitz, Claudia Andujar, Chelpa Ferro – coletivo fundado pelos artistas Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler -, coletivo OPAVIVARÁ, Dora Longo Bahia, Edouard Fraipont & Cildo Meireles, Fausto Chermont, Frans Krajcberg, Franz Weissmann, German Lorca, Jac Leirner, Jarbas Lopes, José Leonilson, Julia Amaral, Laura Vinci, Leda Catunda, Lia Menna Barreto, Luiz Braga, Mabe Bethônico, Marcia Xavier, Marcius Galan, Marcos Piffer, Marcelo Cidade, Marcelo Nitsche, Marcelo Moscheta, Marcelo Zocchio, Maureen Bisilliat, Motta & Lima, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Pedro Motta, Pedro David,Regina Silveira, Rodrigo Andrade, Rodrigo Bueno, Rodrigo Braga, Rodrigo Matheus, Sandra Cinto, Sara Ramo, Shirley Paes Leme, Tarsila do Amaral, Tatiana Blass, Tadeu Jungle, Thomas Farkas e Vulcânica Pokaropa.
Outra novidade que será aberta ao público nesta quinta-feira, 15 de junho, é Projeto Parede que traz nesta edição 20 obras de Maciej Babinski, produzidas nas décadas de 1950, 1960, 1970, 1980 e anos 2000. Um dos grandes nomes de sua geração, Babinski nasceu em Varsóvia, Polônia, em 1931. Com a Segunda Guerra Mundial foi para a Inglaterra, depois Canadá até fixar-se no Brasil, em 1965. No Rio de Janeiro, se aproximou de diversos artistas, entre eles um dos mestres da gravura: Oswald Goeldi. Além da atuação artística, foi professor na Universidade de Brasília e lecionou na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. Passou também por São Paulo e atualmente vive no Ceará. Seus diversos deslocamentos e o convívio com manifestações da vanguarda marcam a sua trajetória.
O trabalho mais antigo da mostra, produzido em 1955, reflete a fase em que morou no Canadá (1949 a 1953) e flertou com o abstracionismo, fruto de seu contato com o grupo ligado a Paul-Émile Borduas, artista quebequense, líder do movimento de vanguarda Automatiste. Por outro lado, as gravuras dos anos de 1960 são marcadas pelo clima de tensão presente da ditadura militar instaurada no Brasil.
Nos trabalhos das décadas de 1970, 1980, e de 2010, paisagens naturalistas e formas vegetais são perseguidas por Babinsky com traços singulares e autorais. Ao mesmo tempo, figuras humanas – ora mais geometrizadas, ora mais oníricas – aparecem em narrativas que intercalam animalesco, cenários complexos e personagens inusitados. Já nas obras produzidas entre 2009 e 2014, afloram imaginário e fantasias do autor.
Serviço:
Elementar: fazer Junto [coletiva com Anna Bella Geiger, Artur Lescher, Caio Reisewitz, Claudia Andujar, Chelpa Ferro – coletivo fundado pelos artistas Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler -, coletivo OPAVIVARÁ, Dora Longo Bahia, Edouard Fraipont & Cildo Meireles, Fausto Chermont, Frans Krajcberg, Franz Weissmann, German Lorca, Jac Leirner, Jarbas Lopes, José Leonilson, Julia Amaral, Laura Vinci, Leda Catunda, Lia Menna Barreto, Luiz Braga, Mabe Bethônico, Marcia Xavier, Marcius Galan, Marcos Piffer, Marcelo Cidade, Marcelo Nitsche, Marcelo Moscheta, Marcelo Zocchio, Maureen Bisilliat, Motta & Lima, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Pedro Motta, Pedro David,
Regina Silveira, Rodrigo Andrade, Rodrigo Bueno, Rodrigo Braga, Rodrigo Matheus, Sandra Cinto, Sara Ramo, Shirley Paes Leme, Tarsila do Amaral, Tatiana Blass, Tadeu Jungle, Thomas Farkas e Vulcânica Pokaropa].
Abertura: 15 de junho, quinta-feira, 19h
Período expositivo: 15 de junho de 2023 a 13 de agosto de 2023
Curadoria: Cauê Alves, Mirela Estelles e Valquíria Prates
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo, Sala Milú Villela
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Ingressos: R$25,00 inteira e R$12,50 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser.