Da Redação
A companhia, que celebra 53 anos de trajetória neste mês de fevereiro, volta aos palcos após um ano, onde apresenta um espetáculo com duas coreografias
Após um ano longe dos palcos por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, o Balé da Cidade de São Paulo se prepara para o retorno com a estreia de duas criações. Aos amantes da dança que estavam com saudades da força e da diversidade artística da companhia, que neste mês comemora 53 anos de trajetória, chegou a hora. No dia 25 de fevereiro, às 20h, o Balé da Cidade apresenta um espetáculo com duas coreografias: A Casa, de Marisa Bucoff e Transe, de Clébio Oliveira. As apresentações seguem nos dias 26 e 27, no mesmo horário, e no dia 28 (domingo), mais cedo, às 17h. Os ingressos custam R﹩ 80 e R﹩ 40 (meia). Por conta dos protocolos de segurança sanitária, a companhia criou seu novo espetáculo em condições totalmente inéditas e estará dividida em dois grupos de bailarinos fixos entre as duas montagens. As máscaras também aparecem como elementos do figurino.
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A Casa, criada pela bailarina e coreógrafa Marisa Bucoff (que integra há 21 anos o Balé), teve como ponto de partida o isolamento social e o período que estamos vivenciando. No palco, o público verá uma casa representada ora de maneira literal, com algumas poucas mobílias que compõe a montagem, ora de maneira simbólica. Para criar o cenário, que também contou com soluções que atendem os protocolos de segurança sanitária, Bucoff explica que se inspirou no filme Dogville, dirigido por Lars von Trier, conhecido justamente pela ausência e amplitude de cenário e elementos. A coreografia conta com trilha sonora original especialmente composta pelo músico Ed Côrtes, desenho de luz de Mirella Brandi e figurinos de João Pimenta.
No contraponto de A Casa, que abre o espetáculo, está Transe, de Clébio Oliveira, que parte da indagação: “O que seria o ideal de um mundo perfeito? O que seria uma vida ritualizada? O que seria uma aventura de viver? Seria possível um mundo onde pudéssemos apenas celebrar a vida através da dança e da música?”. O coreografo e bailarino convidado, que já flertava com a companhia há 15 anos, começou a conceber o espetáculo pensando no Balé da Cidade em 2006, inspirado no festival Burning Man, realizado no deserto de Nevada, EUA. Por conta da inspiração no festival, que cria em suas edições uma espécie de lugar utópico e um universo paralelo, Clébio Oliveira foi profético ao já imaginar, naquela época, uma montagem onde os bailarinos dançavam de máscara e óculos, por conta das tempestades de areia que surgem no local.
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Com esses questionamentos como ponto de partida, o espetáculo, segundo o coreógrafo não é sobre um transe específico, e sim sobre a ideia do mesmo, o estado entre a vigília e o sono. Clébio Oliveira utiliza como processo de criação a colaboração e a narrativa individual dos bailarinos da companhia, para criar o que chama de “transe coletivo” para esse momento. O espetáculo traduz essa pesquisa minuciosa sobre os diversos tipos de transe em uma espécie de catarse coletiva e ao mesmo tempo individual, no palco.
Transe tem trilha sonora original especialmente composta por Matresanch, nome artístico do cantor e compositor italiano Matteo Niccolai, desenho de luz de Mirella Brandi, figurino de João Pimento e visagismo de Tiça Camargo.
Os espetáculos presenciais no Theatro Municipal de São Paulo seguem todos os protocolos de segurança e prevenção à propagação do Coronavírus (Covid-19) e as orientações do Plano São Paulo e da Prefeitura Municipal de São Paulo para retomada consciente das atividades. Ao público espectador presente na Sala de Espetáculos, é necessário seguir os protocolos de segurança estipulados em nosso Manual do Espectador, disponível no site.
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Transmissões ao vivo
A coreografia A Casa, de Marisa Bucoff, será transmitida gratuitamente ao vivo no dia 27, sábado, às 20h, pelo canal de YouTube do Theatro Municipal. Já Transe, de Clébio Oliveira, terá transmissão ao vivo no dia 28, domingo.
SERVIÇO
Datas: 25 a 28 de fevereiro de 2021
Horários: Quinta a Sábado, 20h; Domingo, 17h
Local: Theatro Municipal de São Paulo – Sala de Espetáculos
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/nº, Sé – próximo à estação do metrô Anhangabaú
Duração dos concertos: 60 minutos, aproximadamente
Classificação etária: Livre
Ingressos: R﹩ 80 (inteira) e R﹩ 40 (meia)
Atenção: não será permitida a entrada de público após o início do espetáculo.
Bilheteria: em função da pandemia de COVID-19 a bilheteria do Theatro Municipal de São Paulo está fechada por tempo indeterminado. A venda de ingressos está sendo feita exclusivamente pelo site do Theatro Municipal de São Paulo.
Manual do Espectador e Informações sobre os protocolos sanitários do Complexo Theatro Municipal: consulte os protocolos de segurança do Theatro Municipal aqui .