Por Redação
Projeto, que será temporário, acontecerá em seu tradicional endereço no bairro Baixo Augusta. A reabertura tem o propósito de contribuir com a retomada cultural da cidade e também celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna.
Poucos espaços destinados a shows e artes no país foram tão emblemáticos como o Studio SP. Agora, oito anos depois do encerramento das atividades, a casa paulistana retorna com foco no momento de retomada cultural da cidade. A iniciativa temporária e prevista para acontecer até dezembro de 2022 é fruto da parceria entre o fundador do Studio SP, Alê Youssef, e a cerveja Heineken®. Também participam do projeto, como sócios, o empresário e presidente do Bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, Alê Natacci, e como sócio minoritário Ronaldo Lemos, apresentador do programa Expresso Futuro e ex-curador do Tim Festival. O Studio SP será no mesmo imóvel que ocupava na Rua Augusta, 591.
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O projeto faz parte da plataforma da marca de cervejas chamada Green Your City, que visa garantir que espaços sociais urbanos se mantenham como ambiente de convívio, difusão de vozes diversas e reflexões a respeito do futuro das cidades.
A reabertura será temporária, com previsão de início em novembro de 2021, a depender do cenário da pandemia na cidade e das definições das autoridades de saúde, com programação até dezembro de 2022. A casa pretende celebrar os artistas que marcaram de alguma forma sua trajetória, servindo como plataforma de lançamentos de diversos gêneros para a cena musical nacional, setor tão atingido pela pandemia da covid-19.
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O fechamento de espaços importantes da cidade e a escassez de palcos dedicados à música autoral motivaram o projeto. “O Studio SP será um espaço de resistência da cultura alternativa diante da especulação imobiliária da região do Baixo Augusta, um pólo cultural e de economia criativa”, afirma Alê Youssef, um dos sócios. “A volta temporária do Studio SP pode servir de estímulo à cena musical e à classe artística nesse momento em que ela mais precisa”.
Outra motivação para a reabertura é o Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. O movimento artístico-cultural baseado na exploração estética e independência política foi central no desenvolvimento da arte e na cultura do Brasil, com reflexos até os dias de hoje.
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Ao longo de sua história, o Studio SP foi palco de diversas experimentações musicais e deu visibilidade a muitas expressões da cultura periférica. Faz todo sentido, portanto, o retorno no ano em que o “Modernismo 22+100” está em pauta – e com ele a busca de um “Novo Modernismo”, com diversas potencialidades a partir das periferias da cidade. “O Studio SP pretende ser um Palco Antropofágico permanente na região mais antropofágica da cidade”, comenta Youssef.
O Studio SP irá ocupar o endereço tradicional no Baixo Augusta, mais precisamente na Rua Augusta 591, e será totalmente ambientado e inspirado com o melhor da representação da arte urbana paulistana da atualidade.
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Sobre o Studio SP
A história do Studio SP é totalmente vinculada com a trajetória de uma nova cena musical que se consolidou em São Paulo na última década. A casa lançou, formou público ou manteve residências fixas de nomes como Criolo, Céu, Daniel Ganjaman e Instituto, Tatá Aeroplano, Hurtmold, Eddie, CSS (Cansei de Ser Sexy), Tulipa Ruiz, Bonde do Rolê, Cidadão Instigado, Otto, Mombojó, Del Rey, Cérebro Eletrônico, Karina Buhr, M.Takara, Junio Barreto, Davi Moraes, B. Negão, Macaco Bong, Miranda Kassin, André Frateschi, Diz Maia, Seu Chico, Lucas Santtana, Jumbo Elektro, Thalma de Freitas, Turbo Trio, Vanguart, Maquinado, Mallu Magalhães, Curumin, Guizado, Nina Becker, Thiago Pethit, 3 na Massa, China entre outros.
Importantes atrações da música alternativa internacional também passaram pelo Studio SP: Peter Bjorn and John, Brigth Eyes, John Spencer, Bill Callahan, Erlend Oye, Camera Obscura, Bonnie Prince Billy, Adrian Sherwood, Diplo, Wax Poetics, Jens Lekman, Four Tet, Kode 9, Gilles Peterson, Daedalus, Love Trio, Hell on Whells, Tortured Soul, Eigth Legs, Daevid Allen e Gong Global Family, Gruff Rhyms, The Gift, Faraquet etc.
Com o projeto gratuito Cedo e Sentado de formação de público para novas bandas e democratização do acesso à música, o Studio SP criou uma plataforma de lançamento de novos artistas e a base de uma micro economia criativa que por muito tempo se mostrou auto sustentável para as bandas residentes da casa.
De 2005 a maio de 2013 foram em média 300 shows por ano, totalizando cerca de 2.500 apresentações. A casa também foi palco de apresentações de teatro, literatura, projetos de audiovisual do Coletivo Bijari e de noites que misturavam música e circo, como o Show de Talentos e o Cabaré Volátil. Diversos artistas hoje ícones da arte urbana e contemporânea da cidade decoraram ao longo dos anos o ambiente do Studio SP, com exposições fixas e eventuais. Destaques para OsGêmeos, Speto, Titi Freak, Pinky Wainer, Guto Lacaz, Jay, Carlos Dias, Juneca, MZK, Zezão, Rodrigo Chã, Paulo Ito, Paulo Arms, Rita Wainer, Iwald Granato, Chã, Guid, Crespo, Mathiza. O Studio SP se transformou em um dos pontos de referência da revitalização da área que ficou conhecida como Baixo Augusta. A casa também foi a primeira sede do Bloco Carnavalesco Acadêmicos do Baixo Augusta.