Por Redação
Depois de um longo período de debate e definições, São Paulo ganha um novo parque público, o Parque Augusta, localizado na região central da cidade
Com área de 23 mil metros quadrados no coração de São Paulo, o Parque Augusta foi inaugurado no último sábado, 6/11. O espaço fica em um quarteirão entre as ruas Augusta, Consolação, Caio Prado e Marquês de Paranaguá – centro da capital. Totalmente acessível, possui caminhos para passeios, playground inclusivo, cachorródromo, equipamentos de ginástica, academia de terceira idade, sanitários públicos, arquibancada e deck elevado. Também conta com áreas de manejo e compostagem, além de uma estrutura de serviços e apoio para a administração. Houve ainda restauro da Casa das Araras e do Portal – que são tombados. O local abrigou um palacete e uma escola até meados dos anos 1970.
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O investimento para a implantação do Parque Augusta gira em torno de R$ 11 milhões. O terreno até 2019 pertencia a duas construtoras (Setin e Cyrela), que fizeram um acordo com a Prefeitura numa mediação do Ministério Público. Os custos de implantação do Parque foram realizados pelas empresas, que por sua vez poderão construir empreendimentos na cidade. O projeto do Parque foi pensado de acordo com o Plano Diretor, que determina uma Taxa de Permeabilidade mínima de 90%, ou seja, somente 10% da área do parque pode ser impermeabilizada.
Nestes dois últimos anos, as obras no Parque Augusta precisaram ser paralisadas por uma intervenção do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que identificou potencial arqueológico na área com a hipótese de existir possíveis resquícios de antigos povos indígenas. Foi realizada prospecção e não foram encontrados quaisquer vestígios pré-coloniais, mas a presença de faianças finas, cerâmica, vidro e materiais construtivos da transição do século XIX para o XX.
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Foram registradas 21 espécies de aves silvestres no Parque Augusta – nenhuma ameaçada de extinção, porém houve o registro de três espécies que podem vir a se tornar com riscos devido ao intenso tráfico a que são expostas: o beija-flor-tesoura, o carcará e o periquito-rico. Em relação à flora do local, há um bosque heterogêneo com espécies arbóreas nativas, e predominantemente exóticas como aglaia, falsa-seringueira e jacarandá-mimoso; frutíferas como abacateiro mangueira, nespereira uva-japonesa e palmeiras como areca-bambu, palmeira-de-leque-da-china e palmeira-washingtonia.