Da Redação
A programação de março traz atividades educativas para crianças e um circuito cultural em celebração ao mês das mulheres
Ao longo do mês de março, o Museu Judaico de São Paulo (MUJ) oferece oficinas para crianças, visitas e palestras. As atividades são presenciais e gratuitas, realizadas pelo programa Educação e Participação, com agendamento prévio.
A programação reúne encontros voltados ao mês da mulher com a Palestra Conquistas e Controvérsias da socióloga Eva Alterman Blay e a Visita mediada especial “Figuras femininas do Judaísmo”, apresentando as narrativas bíblicas/judaicas de cinco personagens femininas com o intuito de refletir sobre a forma como são representadas, de modo a construir uma visão mais plural e multidimensional dessas mulheres e do que elas representam.
O MUJ recebe também uma série de oficinas, Do risco ao acabamento: introdução ao bordado livre com Muriel Alessandra e Bárbara Rosa; Oficina de xilogravura: o que faz uma pessoa ser livre? Com Kevin Romani e Tamara Faifman, voltadas para o público infanto juvenil; e a Oficina Poetizando em Libras no MUJ com Bruno Ramos e Karina Costa, encontro que visa despertar e experimentar o processo criativo da construção de poesias por meio dos recursos da Libras, usando o corpo, expressões, classificadores visual-gestual e sinais básicos do idioma.
As visitas estão disponíveis para o público em geral, escolas, ONGs, empresas de turismo, entre outros. Para agendar as visitas ou obter mais informações o e-mail para contato é agendamento@museujudaicosp.org.br.
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Programação Completa
Oficina – Do risco ao acabamento: introdução ao bordado livre com Muriel Alessandra e Bárbara Rosa
Data: 06 de março a 03 de abril, domingos, às 15h.
Indicação: A oficina é destinada a pessoas com ou sem experiência com bordado, a partir de 6 anos.
A oficina fará uma introdução à técnica do bordado, ensinando os passos básicos e apresentando o bordado como instrumento de contar e costurar histórias. Inspirados por contos judaicos sobre a festa de Pessach, os participantes terão uma palavra chave como tema para o bordado. A partir da palavra, as diversas experiências de vida e múltiplas narrativas são trançadas em um resultado único. Os bordados serão feitos em tecido de algodão cru, que enfeitarão os trajes que serão utilizados como figurino na atividade Banquete Musical especial de Pessach, que será realizada pela equipe de Educação e Participação do MUJ no mês de abril.
Oficina de xilogravura: o que faz uma pessoa ser livre? Com Kevin Romani e Tamara Faifman.
Data: 06, 12, 20, 26 de março e 03 de abril, às 12:30h.
Indicação: a partir de 12 anos.
Esta oficina oferece uma experiência de reflexão e ação prática na linguagem artística da xilogravura em diálogo com os conceitos relacionados a festa judaica de Pessach. Os participantes aprenderão as técnicas básicas da xilogravura, e serão apresentados ao contexto histórico de como a xilogravura atua como ferramenta de liberdade — desde a xilogravura enquanto ofício, passando pelo lambe-lambe nas ruas, até a xilogravura dentro dos espaços expositivos. A arte urbana nos oferece uma série de linguagens que conversam com a liberdade de forma íntima e a ideia da oficina é explorar esses diferentes dispositivos.
Como resultado, o público irá construir uma obra a partir das suas ideias provocadas pelo tema da liberdade. Com matrizes produzidas previamente, será montado um banner, com a mistura de gravura e canetão, onde o público irá trazer suas referências de liberdade, seja em texto, poesia, frases, imagens e etc.
As intervenções serão feitas em tecido de algodão cru, que farão parte do cenário da atividade Banquete Musical especial de Pessach, que será realizada pela equipe de Educação e Participação do MUJ no mês de abril .
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Palestra Conquistas e Controvérsias com a socióloga Eva Alterman Blay.
Data: Dia 8 de março, terça-feira, às 11h.
Eva Blay é socióloga e professora titular da Universidade de São Paulo (USP), foi senadora e atualmente é Professora Titular Sênior da Universidade de São Paulo e coordena o Escritório USP Mulheres, que trabalha para o enfrentamento da violência contra a mulher, para a garantia da igualdade de gênero no Brasil e conta com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). Criou o primeiro curso de graduação e pós graduação sobre a mulher na Universidade de São Paulo. Publicou livros e artigos sobre questões urbanas, habitação operária, participação política da mulher, Violência contra a mulher, Feminismo e masculinidades e Imigração Judaica.
O encontro terá mediação de Roberta Alexandr Sundfeld, diretora de Acervo e Memória do MUJ e apresentação de Dinah Feldman, coordenadora da equipe de Educação e Participação.
Visita especial “Figuras femininas do Judaísmo” – 8 de março, Dia Internacional da Mulher
Data: 08 a 11 de março, às 15h e no sábado, 12 de março às 14h. Terças e sábados, sessão com LIBRAS.
Indicação: a partir de 16 anos.
Esta visita mediada especial apresenta as narrativas bíblicas/judaicas de cinco personagens femininas com o intuito de refletir sobre a forma como são representadas e seus eventuais apagamentos, de modo a construir uma visão mais plural e multidimensional dessas mulheres e do que elas representam.
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Profissionais do Turismo com Leonardo Moreira.
Data: 10 de março a 28 de abril, quinta-feira, das 10h às 11:30h
Indicação: a partir de 18 anos
Considerando a proporção do mercado turístico paulistano, os mais de 1600 guias de turismo cadastrados na cidade de São Paulo, seu crescente interesse pelo Museu Judaico, sua capacidade de difusão de conteúdos e a possibilidade de formação de profissionais comprometidos e sensíveis aos temas tratados no museu, a equipe de Educação e Participação propõe um Programa de Formação Aberta aos Profissionais de Turismo, que será composto por encontros e oficinas voltadas a capacitação profissional, visando a autonomia dos guias de turismo no guiamento de grupos no MUJ e no território. Os temas dos encontros foram definidos a partir das exposições em cartaz no MUJ.
Cada dia da formação é independente e terá duração de 1h30, com no máximo 25 pessoas. Será confeccionada apostila de conteúdos e certificado de participação.
A inscrição no evento não garante a participação, devido a quantidade de vagas disponíveis, a equipe de Educação e Participação entrará em contato pelo e-mail informado confirmando sua participação.
Oficina – Poetizando em Libras no MUJ com Bruno Ramos, surdo, poeta e arte educador | Karina Costa, intérprete de Libras e arte educadora
Data: 22 de março 03, terça, das 11h às 13h, atividade em comemoração ao Dia Mundial da Poesia.
Indicação: A oficina é destinada ao público híbrido surdos e ouvintes com ou sem o uso da Libras, a partir de 12 anos.
Em comemoração ao Dia Mundial da Poesia, “Poetizando em Libras no MUJ” é uma oficina de produção de poesia em Língua de sinais. O encontro visa despertar e experimentar o processo criativo da construção de poesias por meio dos recursos da Libras, usando o corpo, expressões, classificadores visual-gestual e sinais básicos do idioma.
A poesia é uma importante expressão artística porque fortalece a externar a subjetividade, revelando sensações, pensamentos, interpretações que ajudam a promover diversidade, intensificar os intercâmbios entre culturas e estabelecer laços com diversas realidades. Propósitos que convergem com as histórias trançadas no museu, marcados por palavras, gestos e sinais que sustentam a sociabilidade de agentes históricos.
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AÇÕES EDUCATIVAS
Educação e Participação é o programa de mediação cultural do Museu Judaico de São Paulo, voltado à produção de experiências compartilhadas e à construção de conhecimento por meio do diálogo, da troca e do debate. Comprometidas com seus diferentes públicos, as ações de Educação e Participação do MUJ compreendem, como parte de sua programação fixa, visitas mediadas com grupos agendados e espontâneos, oficinas de atividades, contação de histórias, mediação de leituras, encontros com professores, cursos, palestras e ações territoriais.
EXPOSIÇÕES
As exposições materializam um rigoroso trabalho curatorial e museológico, fruto do esforço da instituição para estabelecer pontes de diálogos tanto dentro da comunidade quanto para o público não-judeu. A partir de obras multimídia, objetos históricos, documentos e fotografias, o museu apresenta quatro exposições.
EXPOSIÇÃO “A VIDA JUDAICA”
A primeira exposição de longa duração, A vida judaica, apresenta os costumes e rituais pelos quais o judaísmo se conecta com o sagrado, demarca o tempo, estuda seus textos, festeja valores, elege seus alimentos típicos e vivencia coletivamente cada etapa da vida. Aborda, portanto, os acontecimentos cotidianos da vida judaica, entendendo-os não somente sob o prisma religioso, mas também como fenômeno cultural.
EXPOSIÇÃO “JUDEUS NO BRASIL: HISTÓRIAS TRANÇADAS”
Nesta exposição, o objetivo é tecer uma complexa narrativa da pluralidade da presença judaica no Brasil a partir dos diversos fluxos migratórios ao longo de 500 anos. A mostra analisa ainda a pluralidade resultante dos diversos pólos de implantação das comunidades judaicas no Brasil e de que formas os costumes que pautam a vida judaica se comportam em suas dinâmicas intergeracionais, sejam elas a partir de vivências individuais ou coletivas. A exposição mostra também como a comunidade judaica brasileira apresenta inúmeras interseções e confluências na contemporaneidade, embora tenham diferentes matrizes culturais e geográficas.
EXPOSIÇÃO “INQUISIÇÃO E CRISTÃOS NOVOS NO BRASIL: 300 ANOS DE RESISTÊNCIA”
Partindo igualmente de uma matriz histórico-documental, a exposição temporária revela o funcionamento do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição e a luta dos cristãos-novos para reconstruir suas vidas no Brasil durante os 300 anos de vigência da Inquisição. Sobretudo sobre a vida dos judeus ibéricos, a Inquisição marcou o povo judeu por fortes discriminações e perseguições.
EXPOSIÇÃO “DA LETRA À PALAVRA”
Essa mostra investiga as relações, na arte contemporânea, entre a escrita e as artes plásticas, entre imagem e texto, entre a escrita como desenho e a presença das palavras nas pinturas. A exposição tem curadoria de dois artistas plásticos – Lena Bergstein e Sergio Fingermann – e reúne 32 artistas plásticos contemporâneos, propondo uma grande diversidade poética e indagações plásticas e teóricas que fomentam a livre reflexão.
Serviço
Museu Judaico de São Paulo
Endereço: Rua Martinho Prado, 128 – Bela Vista, São Paulo – SP
Horário de funcionamento: De terça a sábado, das 10h às 19 / Domingo, das 10h às 13h.