Da Redação
Depois de passar pela zona leste, Grupo Rosas Periféricas circula pela zona oeste da capital paulista, durante o mês de março, apresentando a peça infantojuvenil Ladeira das Crianças – TeatroFunk. As atividades – todas gratuitas – integram o projeto Rosas Faz 10 Anos – Memórias de um Teatro Maloqueiro, contemplado pela 34ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
“Estamos emocionados com este momento. O grupo é atuante na zona leste, mas eu sou da ZO, e seguir com minha trupe pelo meu território é muito significativo, compreende nosso propósito de levar arte para todos os cantos, fomentar o fazer artístico em todas as periferias”, comenta o ator Paulo Reis.
As apresentações presenciais, abertas ao público, acontecem nos dias 13/3 (domingo, às 14h e 17h), no CEU Vila Atlântica (Jaraguá), 20/3 (domingo, às 11h e 15h), na Ocupação Vila Atlântica (Jardim Nardini) e 26/3 (sábado, às 11h e 15h), na Biblioteca Municipal Brito Broca (Vila Pirituba).
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O espetáculo será apresentado também em sessões fechadas para aluno(a)s de escolas públicas: E.E. Profª Zenaide Vilalva de Araújo (9/3, às 11h, e 25/3, às15h), no Jardim Mutinga, E.E. Profª Marilena Piumbato Chaparro (16/3, às 11h e 15h), no Parque Anhanguera, e E.E. Dr. Agenor Couto de Magalhães (17/3, às 17h e 20h).
Ainda em março, no dia 26 (sábado, às 19h30), o Grupo Rosas Periféricas realiza o Sarau da Antiga 28 em uma nova edição, reformulado, a partir dos encontros com realizadores de outros saraus, que aconteceram no decorrer do projeto. O evento será na sede do grupo, no Parque São Rafael.
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Rosas faz 10 anos – Memórias de Um Teatro Maloqueiro
Iniciado em março de 2021, Rosas Faz 10 Anos – Memórias de um Teatro Maloqueiro foi concebido para festejar os 10 anos de trabalho do Grupo Rosas Periféricas (2009-2019), atuante na Zona Leste de São Paulo. A programação trouxe uma mostra de repertório de suas produções, além de apresentar trabalhos de companhias parceiras, pesquisas e vozes inspiradoras para o coletivo. Realizado durante a pandemia, as ações vêm acontecendo de maneira híbrida, ora remotamente (principalmente na fase inicial) ora presencialmente.
Esta terceira etapa do projeto leva o nome Roseira Floriu e Espalhou Perfume e traz três importantes ações, no primeiro semestre de 2022: a circulação do espetáculo Ladeira das Crianças – TeatroFunk pelas periferias da cidade (zonas leste, oeste, norte e sul), uma temporada do Sarau da Antiga 28 (criado pelo Rosas Periféricas) e, finalizando a programação, uma Festa-Exposição na sede do grupo (ZL), aberta à comunidade.
Na Festa-Exposição haverá exibição de um filme produzido durante as atividades do projeto que eterniza a comemoração dos 10 anos, lançamento de um livro com a história do grupo e uma exposição de fotografias feitas durante os eventos da programação. São registros poéticos sobre a memória do grupo e sobre o projeto atual. O filme de curta-metragem será disponibilizado, posteriormente, no YouTube. No livro estará toda a trajetória do Rosas Periféricas e de seus integrantes (atuais e antigos), histórias das produções e depoimentos de parceiro(a)s e dos atores. A distribuição será gratuita durante o evento e em bibliotecas municipais, principalmente naquelas localizadas na zona leste da cidade.
Durante as duas primeiras etapas de Rosas Faz 10 Anos – Memórias de um Teatro Maloqueiro espetáculos montados pelo Rosas Periféricas, entre 2009 e 2019, foram apresentados em sessões online: Vênus de Aluguel, Rádio Popular da Criança, Narrativas Submersas, Lembranças do Quase Agora, Labirinto Selvático e Ladeira das Crianças – TeatroFunk, além da performance Fêmea e da leitura dramática de A Mais Forte. O projeto também recebeu espetáculos de grupos e coletivos parceiros em apresentações virtuais: As Caracutás, FemiSistah, O Buraco d’Oráculo, CTI – Companhia Teatro da Investigação, Grupo Pandora e Cia. Bendita. As Rodas de Conversa sobre teatro trouxeram diálogos artísticos e discussão sobre o direito de todos à arte e à cultura, mediadas por mulheres: Marta Baião e Fernanda Haucke. Oficinas Artísticas para crianças e jovens fizeram parte da programação com ministrantes convidados: Brincadeiras de Rua, Percussão, Escrita, Passinho, Rimas e História do Funk. E encontros ao vivo com 12 saraus paulistanos, tradicionais periféricos, intensificou a pesquisa pelo aprimoramento do formato do seu Sarau da Antiga 28.
Circulação Zona Oeste | Março
Espetáculo infantil: Ladeira das Crianças – TeatroFunk
Com: Grupo Rosas Periféricas
Grátis. Duração: 45 min. Classificação: Livre.
No enredo de Ladeira das Crianças – TeatroFunk, o universo das crianças periféricas ganha a cena. Seus desejos e sonhos são embalados pelo ritmo do funk. No ‘bonde’ da ladeira tem criança que sonha em ser DJ, menino curioso para saber o que há dentro do pote, menina de cabelo de nuvem e garota que vive no mundo da lua. Tem criança igual a todo mundo que foi criança um dia e morou na periferia. A dramaturgia é de Marcelo Romagnoli, a partir das memórias dos integrantes do grupo e de crianças moradoras do Parque São Rafael (ZL) e dos livros Amanhecer Esmeralda e O Pote Mágico, do escritor periférico Ferréz. A peça, dirigida pelo coletivo, estreou em 2019, quando o grupo completou 10 anos. Investigando o próprio território, os integrantes perceberam a importância das crianças para formação de um público periférico e, junto com elas, da valorização da linguagem do funk na região.
Texto: Grupo Rosas Periféricas – livremente inspirado nos livros Amanhecer Esmeralda e O Pote Mágico, de Ferréz. Dramaturgia: Marcelo Romagnoli. Direção: O Grupo. Elenco: Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Monica Soares, Paulo Reis e Rogério Nascimento. Coreografia: Michel Quebradeira Pura. Músicas: MC Kelvin Alves e Michele Araújo. Produção musical: Leony Fabulloso e Fezsantos. Preparação musical: Rogério Nascimento. Figurino: Isa Santos. Cenário: Patrícia Faria. Produção cenográfica: Paula Rosa, Camila Olivetti e Thabata Bluntrit. Juventude Rosas Periféricas: Fabricio Enzo. Produção geral: Michele Araújo. Produção executiva: Paulo Reis e Michele Araújo. Produção administrativa e financeira: Monica Soares. Fotos: Andressa Santos e Allan Bravos. Artista gráfico: Rafael Victor. Social media: Priscyla Kariny. Intervenção nas redes: Cia. Palhadiaço. Realização: Grupo Rosas Periféricas. Agradecimentos: às crianças do Parque São Rafael e Jardim Vera Cruz que brincaram conosco, Daniela Cordeiro, Coral Alvarenga, Allan Bravos, Vitorino Manoel, Laís Oliveira, Renata Prado e Preta Rara.
13 de março (domingo)
14h e 17h – CEU Vila Atlântica
Rua Cel. José Venâncio Dias, 840 – Jaraguá. SP/SP.
20 de março (domingo)
11h e 15h – Ocupação Vila Atlântica
Rua João Florêncio Pereira, 69 – Jardim Nardini. SP/SP.
26 de março (sábado)
11h e 15h – Biblioteca Municipal Brito Broca
Avenida Mutinga, 1425 – Vila Pirituba – SP/SP.
Sarau da Antiga 28
Com: Grupo Rosas Periféricas – Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Monica Soares, Paulo Reis e Rogério Nascimento.
26 de março – Sábado, às 19h30
Sede do Grupo Rosas Periféricas
Rua Redução de Guarambaré, 39 – Parque São Rafael (ZL). SP/SP.
Grátis (aberto ao público). Duração: 2hn. Classificação: Livre.
Durante o ano de 2021, o grupo realizou encontros (online e ao vivo) com saraus periféricos tradicionais de São Paulo, além de visitas a outros, para conhecer suas histórias e dinâmicas, bem como para reverenciá-los pela representatividade. Foram eles: Sarau da Cooperifa, Sarau Urbanista Concerto, Sarau no Kintal, Sarau Elo da Corrente, Sarau do Binho, Sarau das Pretas, Sarau Comungar, Sarau do Vale, Sarau da Brasa, Sarau Tem Coragem!?, Sarau Segunda Negra e Slam da Guilhermina. A vivência nesses encontros permitiu ao grupo aprofundar a pesquisa nas respectivas linguagens para reestruturar e aprimorar o Sarau da Antiga 28, que o Grupo Rosas Periféricas realiza, desde 2016, em temporadas mensais. “Agora, em uma nova temporada presencial do nosso sarau, vamos colocar em prática o aprendizado que nos foi oferecido de forma tão generosa por tantos criadores, fomentadores e representantes de saraus paulistanos”, declaram os integrantes.
O Sarau da Antiga 28 já discutiu temas que passam por política, mulher, América Latina e cor da pele, entre outros, além de fomentar a literatura marginal e a poesia lida e/ou inventada. Nomes como Marta Baião (atriz, dramaturga e diretora), Germano Gonçalves (escritor), Walner Danziger (escritor), Juliana Morelli (atriz e artista plástica) e Coletivo Via (artes visuais) e as bandas ArmaMentes, Fuga Operária e ManaTiana já passaram por ele. O nome vem do endereço da primeira sede do Grupo Rosas Periféricas, cuja Rua Martin Lumbria era conhecida como “antiga Rua 28”, no Parque São Rafael.
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