Da Redação
Criado para ser um festival plural, diverso e com o objetivo de trançar perspectivas judaicas e não judaicas, brancas, negras e indígenas, brasileiras e internacionais, a primeira edição do FliMUJ – Festival Literário do Museu Judaico reúne em uma de suas doze mesas duas travestis com amplo reconhecimento em suas áreas de atuação: Amara Moira, escritora e doutora literária; e a cantora Assucena. Na ocasião, Amara conversa com a mestre em antropologia (PUC/SP) e doutora em história cultural (USP) Paula Janovitch com mediação de Assucena.
A mesa acontece dia 7 de outubro, sexta-feira, 16h, e nomeada com a pergunta A tchotchke virou tchutchuca?, traz uma discussão sobre a história singular das judias polonesas, conhecidas como polacas, forçadas à prostituição na primeira metade do século 20 e como essas mulheres criaram modos de sobreviver ao serem excluídas de sua comunidade. Elas, que não puderam ser enterradas dentro dos cemitérios judaicos, têm agora suas imagens projetadas na cúpula da antiga sinagoga que abriga o Museu Judaico e abrem os caminhos para uma conversa sobre outras mulheres que ainda hoje têm suas existências ameaçadas e que ao mesmo tempo são agentes poderosas de seus destinos.
Serviço
Local: Museu Judaico de São Paulo
Endereço: Rua Martinho Prado, 128 – Bela Vista, São Paulo – SP,