Da Redação
Projeto reunirá poetas de diferentes regiões com frases de afeto, autocuidado e amor em meio ao isolamento social
A segunda edição do projeto Quebrada Viva, intitulada como Especial Mulheres acontece no Dia Internacional da Mulher. Idealizado pela produtora cultural Michelle Serra, em parceria com o artista visual Diogo Terra, o projeto teve início em janeiro focado na conscientização sobre o isolamento social em decorrência do COVID 19. Nesta edição participarão poetas de diferentes regiões de São Paulo que terão frases de suas poesias projetadas em laser pelas quebradas da Zona Norte de São Paulo.
As frases selecionadas são todas da temática do afeto, autocuidado e amor em meio ao isolamento social e de autoria das artistas Rosa Luz, Thata Alves, Nega Cléo, Cris Rangel, Preta Ferreira e Shirley Casa Verde. As projeções, que poderão ser assistidas pelo público de suas próprias casas, ocorrerão a partir das 19h até às 23h, de forma itinerante passando pelos bairros Vila Espanhola, Vila Santista, Casa Verde Alta e Vila do Sapo.
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O Dia Internacional da Mulher é um dia de celebração, mas também de luta e resistência. Mediante um contexto de isolamento social, que proporcionou o aumento do índice de violência contra as mulheres e morte de pessoas trans, a escolha das artistas foi com base na representatividade das diferentes narrativas de mulheres, como por exemplo a Rosa Luz, artista trans que resiste para fazer sua arte, no país que mais mata travestis no mundo e teve 2020 como o ano de maior número de mortes, registrando uma alta de 41% em relação a 2019, segundo dados da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). A Thata Alves, poeta e empreendedora, que faz parte do índice de 61% de mulheres negras mãe solo no país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A Nega Cléo que além de artista, empreende com uma agência voltada para atender o público preto. A Cris Rangel, que é produtora cultural, pertencente ao grupo de risco do COVID e está sem poder trabalhar desde o início da pandemia. A Preta Ferreira, por toda sua narrativa na militância negra e carcerária. E a Shirley Casa Verde, que além de mãe é avó, com uma carreira de mais de 20 anos no Rap.
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O “Quebrada Viva” surgiu da vontade de expandir e descentralizar a Cultura na cidade de São Paulo. Michelle Serra relata que “a importância desta edição do Quebrada Viva Especial Mulheres vem desta situação difícil em que estamos vivendo, com os espaços culturais fechados, as artistas impossibilitadas de fazer show, as mulheres da quebrada seguem fazendo suas atividades, como as mães solo que precisam sustentar seus filhos. Existe sim cultura na quebrada, porém é a região aonde o dinheiro pouco circula e o projeto é uma forma de conseguirmos promover essa circulação e levarmos abraços para quem está em casa, por meio de palavras projetadas”.
Devido às normas de segurança do COVID 19, a equipe técnica não estará na rua, e as projeções serão feitas dentro de espaços de segurança, que foram locados especialmente para esta ação itinerante.
SERVIÇO
Quebrada Viva – Especial Mulheres
Projeções em laser com frases de poesias sobre afeto, autocuidado e amor
- Locais: Bairros na Zona Norte de São Paulo: Vila Espanhola, Vila Santista, Casa Verde Alta e Vila do Sapo
- Data: 08 de Março – Dia Internacional da Mulher
- Horário: das 19h às 23h
● Itinerário completo: – Das 19h00 às 20h00: Rua Dom José Torres de Moraes – Vila Espanhola
– Das 20h00 às 21h00: Rua Jamblico – Casa Verde Alta
– Das 21h00 às 22h00: R. Vinte e Três de Setembro – Vila Santista – – Das 22h00 às 23h00: Av. João dos Santos Abreu – Vila do Sapo