Da Redação
Além dessas duas novidades, o Governo de São Paulo anunciou a expansão do Museu da Diversidade Sexual dentro da estação República do Metrô
As questões da diversidade e da representatividade pautam os novos museus que serão inaugurados em SP em 2022! O Governo do Estado de São Paulo anunciou a criação dos museus da Favela e das Culturas Indígenas, além da expansão do Museu da Diversidade Sexual – que, inicialmente, deveria ocupar um casarão na avenida Paulista, mas continuará na estação República do Metrô (linhas 3-Vermelha e 4-Amarela).
Ao todo, a abertura e reforma dos espaços que abrigarão essas três instituições devem custar aos cofres públicos R$40 milhões. É um presentão cultural para curtirmos com a galera e nos ajudar a pensar em pautas mega importantes para a nossa sociedade! Vamos aos detalhes das obras?
A periferia conquistou o museu!
Pensado em parceria com a Cufa – Central Única das Favelas, que desenvolve um importante trabalho socioeducacional em 5 mil comunidades em todo o país, o Museu das Favelas vai ocupar o histórico Palácio dos Campos Elíseos (na avenida Rio Branco, 1269, Campos Elíseos).
Com área de 8.208 m², o espaço abrigará uma exposição multimídia interativa de longa duração, mostras temporárias, centro de referência (com direito a biblioteca digital, auditório e lugares para pesquisas, estudos e conferências) e centro de empreendedorismo (com coworking e ações de formação, capacitação e aceleração de startups).
A instituição, que tem investimento previsto de R$15 milhões também vai abrigar um café e uma loja para comercializar produtos feitos pelos colaboradores do museu. Massa demais, né?
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Questão Indígena
A luta dos vários povos indígenas pela preservação de sua cultura, pela manutenção das suas terras e pela representatividade também chegou ao museu. Com investimento previsto de R$14 milhões, o Museu das Culturas Indígenas ocupará o Complexo Baby Barioni (rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca), ao lado do Parque da Água Branca.
A instituição vai ser instalada em um edifício de sete andares, com área total de 1.400m², que será ocupada por exposições de longa e curta duração, centro de pesquisa, auditório, reserva técnica e espaço administrativo.
A idealização do museu conta com a parceria do Instituto Maracá e de lideranças indígenas. E a ótima notícia é que a abertura já deve acontecer em março de 2022, com uma mostra em homenagem ao talentoso artista, curador, arte-educador e ativista macuxi Jaider Esbell, que morreu aos 42 anos em novembro, quando era um dos destaques da 34ª Bienal de São Paulo.
Orgulho LGBTQIA+
Depois de passar por uma polêmica causada pelo próprio Governo de São Paulo, o Museu da Diversidade Sexual, criado em 2012, finalmente vai ganhar uma expansão mesmo dentro do Metrô República.
A instituição deveria ocupar o histórico Casarão Joaquim Franco de Mello, na avenida Paulista, como foi prometido em 2014, pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB).
No entanto, graças aos novos planos anunciados pelo governador João Dória (do mesmo partido), o edifício tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) deve ser ocupado pelo Museu da Gastronomia.
Considerado o primeiro equipamento na América Latina dedicado à comunidade LGBTQIA+, o Museu da Diversidade Sexual, que atualmente ocupa uma salinha de 100 m², deve passar a ter área de 540m². A ampliação tem inauguração programada para julho de 2022.
Entre as missões da instituição, estão pesquisar e divulgar o patrimônio histórico e cultural LGBTQIA+ brasileiro; valorizar a importância da diversidade sexual na construção social, econômica e cultural do estado e do país; e publicar documentos e depoimentos referentes à memória dessa comunidade.
As informações são do Catraca Livre ( Leia aqui a matéria publicada pelo veículo)